Hoje estava na aula de inglês quando minha mãe me ligou, falou; que Arthur não havia ido no transporte escolar, havia dito ao motorista que ia ficar jogando. Não sei descrever a sensação naquele momento, era angustia e ao mesmo tempo fé. Fé por saber ou ter certeza dentro de mim que estaria tudo bem, e angustia por pensar o que fez ele ter certeza que ninguém deixaria ele na escola. Pergunto-me... O amor tem dessas coisas, ele deve ter certeza do amor incondicional que sinto por ele, não é fácil ser mãe, criar um filho, em tudo precisa pensar primeiro nele, confesso que me sinto falhar muitas vezes, mas tenho que agradecer todos os dias o filho que tenho. Ele é companheiro, carinhoso e tem dado conta direitinho das suas atividades escolares. Porém chorei diante daquela situação, me senti impotente, carente, leoa, sem de fato saber o que fazer. Se era momento de um castigo, de umas palmadas. Simplesmente olhei para ele e pedi que não falasse nada, apenas me acompanhasse e viemos andando, não sei ao certo quantos quilômetros tem da escola até em casa, mas acho que na faixa de uns três, e nesse percurso todo só em um momento olhei para ele disse; pense na sua atitude de hoje e depois me fale o que você está vendo de positivo e negativo nessa situação que você criou, logo depois disso paramos e comprei um caldo de cana para ele e permaneci calada até em casa. Chegando em casa minha mãe falou não fique chateada, Deus sabe tudo e talvez você tivesse que vir para casa mais cedo. Não quero abraçar o mundo com as pernas, mas algo me fez refletir que não tenho deixado tempo para mim, para me observar, para me reconhecer, e se eu tenho sentido falta de mim mesma, imagine meu filho. Ah, também não sei se vou perguntar o que ele encontrou de positivo e negativo na situação que ele criou.
Referente ao dia 05/04/2011
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