


Na época que cursei o ensino médio, tive um grande amigo, um professor de física. Ele se tornou uma pessoa muito especial, pode dizer um “quase” parente, eu me apaixonei pelo primo dele e tivemos um namoro cheio de conflitos. Mas voltando ao assunto... Ele sabia identificar boa parte das minhas dificuldades escolares e pessoais. Um dia ele me falou: “Você tem um dom de captar os problemas das pessoas”. Por isso muitos amigos me procuram para ajudar a resolver seus problemas e eu consigo ajudar a encontrar o alívio de suas angústias. Hoje me arrependo de não ter seguido seus conselhos. Ele me orientou a fazer vestibular para psicologia, porém, eu na minha ganância de fazer curso da moda, não levei em conta suas orientações. Outro ensinamento que durante minha juventude escutei de pessoas mais experientes e não levei em conta foi que “às vezes precisamos sacudir a árvore da amizade, para cair os poderes.” Na época não entendi a dimensão das palavras, mas hoje aprendi seu significado. Isso faz parte da realidade.
Quando freqüentava o grupo de jovens da renovação carismática, rezaram por mim e me falaram que eu pertencia ao ministério de cura e aconselhamento, porém, por minha falta de maturidade, comecei minha caminhada no ministério de intercessão, e afirmo: amadureci muito. Foi aí que comecei a entender que todo mundo tem problemas e que não temos o direito de determinar que o nosso problema é maior do que os dos outros.
Bem... também já escutei que existem momentos que precisamos ser egoístas. Pois é, EGOÍSTA! Não adianta querer ajudar alguém e esquecer que “eu” também preciso de ajuda.
Faz muito tempo que não sento no divã e todos nós precisamos sentar e escutar a nós mesmos, a felicidade que hoje sinto, não é a que me completa.
Aprender com os erros dos outros é melhor do que aprender com os seus, pois o sofrimento não dói tanto.
Assisti ao filme Divã com uma grande amiga, amiga de infância, de confidência. E quando o filme já havia começado ela olhou para mim e disse: “eu sei o fim!” Ela termina só. Olhei para ela com aquele olhar questionador seguido de uma risada. Portanto, no final da sessão, descobrimos o verdadeiro significado do filme Divã. É a descoberta do que realmente é a felicidade, a felicidade sua, exclusivamente sua, sem interferência de pessoas e coisas. E essa felicidade só passa a existir quando de fato nós encontramos. Então um dos primeiros passos é parar e nos escutar, escutar o nosso íntimo.
Estamos aqui, aliás, estamos a caminho do nosso próprio encontro!!!!!!!
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